Half Life I - Valve Series Parte I

Half life I foi o primeiro jogo duma enorme saga. Criado por antigos trabalhadores da Microsoft, inicialmente ninguém queria aceitar o jogo para produção, era considerado demasiado ambicioso para a época (1997).


Sierra acabou por aceitar produzir este famoso jogo, que usa uma versão modificada do Quake, o Goldsrc.
Gráficos considerados espectaculares para a altura.

Desde então este jogo conseguiu vender perto de 9.8 milhões de unidades, algo gigantesco mesmo.

Mas, o que é Half Life? É um FPS qualquer? Bom, este é para muitos o avô dos FPS modernos. Assumindo o papel de Gordon Freeman , um físico, vemos-nos envolvidos numa história complexa, em que temos que salvar o mundo. Isto foi uma das grandes mudanças para a altura, a existência duma história bem estruturada e integrada com o jogo.

Nem tudo é pêra doce


Para além de darmos imensos tiros, temos de resolver puzzles, enigmas, seguir a história para podermos continuar. Claro que não é tipo Tomb Raider, é algo mais subtil, mais natural. Contrariamente aos jogos da altura haviam sequências pré programadas no jogo, cinemática no jogo, que o tornavam muito especial. Ao contrario de cut-scenes como os jogos da época  Assim parecia que o jogo era constante, fluido, nunca saindo do ponto de vista da pessoa, ou seja, parecendo que estamos constantemente na acção, naquele mundo, como se fossemos Gordon. Na realidade, não sabemos muito de Gordon porque ele não fala no jogo, nem o vemos porque nós somos Gordon ( e os espelhos nesta época eram muito pouco evoluídos).


G man sempre misterioso e .... quadrado

Também introduziu uma novidade. Não há níveis, o mundo é continuo , e está dividido por capítulos e só sabemos que entramos num novo capitulo porque subtilmente o titulo aparece no ecrã a meio do jogo. Só há algumas quebras para fazer loading, algo que na altura era muito avançado mas sim hoje em dia podemos considerar que jogos que têm loading são fraquitos nesse aspecto, se bem que a maioria dos jogos que eu adoro tem loading ( há algumas excepções mas até se percebe pelo próprio modelo do jogo).

Somos forçados a usar o ambiente que nos rodeia para passarmos no jogo, quer seja para matar inimigos (ou os raros bosses, porque teoricamente não há muitos bosses), ou para avançar , juntando caixas para fazer uma escada ou água a ferver para matar adversários.


Com bichos verdes destes ninguém se mete

O número variado de enimigos torna muito interessante o jogo. Spoiler... eles vem doutro planeta, através de um portal, e inclui parasitas do tal planeta Xen. Desde zombies a coisas que se colam na cabeça e nos fazem zombies (headcrabs), a cenas que são mesmo alien. Também enfrentamos humanos, porque a estupidez humana também está presente neste jogo e para além de matarmos os aliens temos de matar o exército que vai tentar controlar a situação, aka matar todos que souberam da situação e enterrar o sitio para ninguém mais falar do assunto. Espertos como um cepo.

O arsenal também é vasto, mas o que todos gostamos é o crowbar. Outras duas armas experimentais são dadas ao jogador e são bastante uteis para avançar nos niveis.

Planeta Xeon

Half Life foi inovador para a época, e abriu uma nova era de FPS. O seu sucessor haveria de causar um impacto ainda maior nos jogos, muito devido ao seu poderio gráfico. O legado deste primeiro é mesmo a história, e o modo como um jogo deve ser. G-man e Gordon Freeman estão sempre no imaginário de qualquer jogador nato, pois esta história foi a primeira a marcar. Mais uma vez repito, cenas tipo COD é para pessoas com problemas sérios de vida que precisam que o computador jogue por eles, e por favor joguem Half Life. Se não conseguirem jogar, vocês devem dedicar-se a ver filmes, é o mesmo que COD só que com melhores gráficos, até aqueles filmes dos anos 20.
 Obrigado!


Zombie e Crowbar combinam muito bem

Explosões tipo antigamente




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