Hoje, na rubrica musical, vou arriscar. Porquê? Porque vou falar de um artista que lançou recentemente o seu primeiro trabalho mas que é familiar a praticamente toda a gente. Espero que muitos encarem com cepticismo este jovem artista – e, consequentemente, esta rubrica – mas peço-vos que nos dêem o benefício da dúvida e leiam a rubrica toda. Até porque no fim deixo-vos uma amostra do que se pode esperar do álbum dele.
Mas afinal quem é “ele”, perguntam vocês? Filipe Pinto. P
Mas afinal quem é “ele”, perguntam vocês? Filipe Pinto. P
rovavelmente este nome, só por si, não vos diz nada. É-vos vagamente familiar, talvez, mas só por si não desperta qualquer acesso de memória. E se ao nome eu associar a seguinte expressão: “Vencedor do programa televisivo Ídolos 2009”? Vamos, então, à rubrica em si…
Natural do Porto, Filipe Pinto desde cedo demonstrou um interesse evidente pelo movimento Grunge dos anos 90 e consequentes influências que esse movimento teve em algumas bandas da actualidade. Essa evidência é, aliás, várias vezes demonstrada no programa “Ídolos”, onde cantou temas como “High and Dry”, dos Radiohead, “Disarm”, dos The Smashing Pumpkins e “Times Like These”, dos Foo Fighters. Ao ouvirmos o seu trabalho torna-se evidente a influência destas bandas, mas também, e especialmente, da mítica banda Ornatos Violeta, para a qual somos muitas vezes remetidos em temas como “Crua Carne” e “Escolher Sentença” – tema que integra, aliás, a compilação “Novos Talentos Fnac 2012”- entre outros. A guitarra acústica despertou no jovem músico uma grande curiosidade e tornou-se, assim, o elo de ligação para o que viria a ser um dos seus refúgios e/ou um canalizador de emoções, estando, efectivamente, presente em todas as músicas do álbum.
Em 2009, tal como já fiz referência, entra no programa da SIC “Ídolos”, acabando por se sagrar o grande vencedor em Fevereiro do ano seguinte. Seguidamente, e como prémio do programa, dirige-se para Londres onde inicia os estudos na “London Music School”, procurando conciliar as aulas com a composição de temas originais. Por alturas do verão do ano passado (Junho de 2011) regressa a Portugal com o intuito de construir as bases de preparação para a produção do seu disco, “Cerne”, que acaba de editar em Setembro de 2012.
É um primeiro trabalho bastante prometedor, este que nos traz Filipe Pinto. Completamente cantado na língua de Camões, as letras são, na sua grande maioria, pessoais mas com as quais facilmente nos podemos identificar. A composição musical é muito interessante também, sendo que da primeira vez que ouvi o álbum me senti, em alguns momentos, como se estivesse a ouvir “temas de laboratório” de Ornatos Violeta. Ao que parece este é mesmo um novo valor nacional que começa, agora, a mostrar os seus dotes.
Gonçalo Huet de Bacellar
Natural do Porto, Filipe Pinto desde cedo demonstrou um interesse evidente pelo movimento Grunge dos anos 90 e consequentes influências que esse movimento teve em algumas bandas da actualidade. Essa evidência é, aliás, várias vezes demonstrada no programa “Ídolos”, onde cantou temas como “High and Dry”, dos Radiohead, “Disarm”, dos The Smashing Pumpkins e “Times Like These”, dos Foo Fighters. Ao ouvirmos o seu trabalho torna-se evidente a influência destas bandas, mas também, e especialmente, da mítica banda Ornatos Violeta, para a qual somos muitas vezes remetidos em temas como “Crua Carne” e “Escolher Sentença” – tema que integra, aliás, a compilação “Novos Talentos Fnac 2012”- entre outros. A guitarra acústica despertou no jovem músico uma grande curiosidade e tornou-se, assim, o elo de ligação para o que viria a ser um dos seus refúgios e/ou um canalizador de emoções, estando, efectivamente, presente em todas as músicas do álbum.
Em 2009, tal como já fiz referência, entra no programa da SIC “Ídolos”, acabando por se sagrar o grande vencedor em Fevereiro do ano seguinte. Seguidamente, e como prémio do programa, dirige-se para Londres onde inicia os estudos na “London Music School”, procurando conciliar as aulas com a composição de temas originais. Por alturas do verão do ano passado (Junho de 2011) regressa a Portugal com o intuito de construir as bases de preparação para a produção do seu disco, “Cerne”, que acaba de editar em Setembro de 2012.
É um primeiro trabalho bastante prometedor, este que nos traz Filipe Pinto. Completamente cantado na língua de Camões, as letras são, na sua grande maioria, pessoais mas com as quais facilmente nos podemos identificar. A composição musical é muito interessante também, sendo que da primeira vez que ouvi o álbum me senti, em alguns momentos, como se estivesse a ouvir “temas de laboratório” de Ornatos Violeta. Ao que parece este é mesmo um novo valor nacional que começa, agora, a mostrar os seus dotes.
Gonçalo Huet de Bacellar
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