Como diria o Bruno Nogueira: Olá pessoas! Então? Tudo bem? Sim? Óptimo. Vamos lá à rubrica musical de hoje? Vamos pois! Então vamos lá. Hoje vou dar-vos a minha humilde opinião sobre uma banda “em ascensão” (para mim já estão no topo, daí o uso das aspas): Capitão Fausto, pois claro.
Os Capitão Fausto tocam uma coisa que nos faz deambular por entre melodias e cantarolares harmoniosos, e vibrares provocados por riffs e acordes de guitarras eléctricas e teclas. Esta “coisa” que a banda faz diria que se enquadra num pop/rock português, mas que se afasta do “tradicional” pop/rock do país luso, como são exemplo os GNR. Não, os Capitão Fausto chegam a soar a uma banda que se reuniu e decidiu fazer uma jam. Aquilo que lhes soava mesmo bem foi trabalhado e transformado em temas, o resto terá ficado em suspenso, quais pontas soltas à espera do que ainda virá.
Tomás Wallenstein e companhia sabem o que querem para as suas músicas, sabem que sensações querem provocar em quem as escuta e sabem que a vontade de dançar e cantarolar que provocam nas pessoas é igualmente proporcional ao gosto que adquirimos pelo seu trabalho. Mas o melhor de tudo isto é que, ouvimos as músicas uma, duas, três vezes e não nos cansamos! A vontade de dançar e de tamborilar os dedos na mesa vem sempre ao de cima, é impressionante! Não sei se é provocada pelo teclado ou pela guitarra, ou se é a bateria que incute à música um espírito de “abanar a anca”, mas o facto é que o efeito que causa é mesmo muito bom, e contagiante! Será a distorção que o Tomás empresta à guitarra? Não consigo decifrar, mas isto é pior do que comer uma goma e não conseguir parar.
Ao escrever esta rubrica sobre a banda - natural de Lisboa - ouço o primeiro álbum deles - “Gazela” - e não consigo evitar que a minha perna direita se movimente de forma repetitiva, para cima e para baixo, como se estivesse nervoso. Não estou, são efeitos da música destes 5 ilustres senhores: Tomás Wallenstein na voz e guitarra, Domingos Coimbra no baixo, Manuel Palha agarrado a outra guitarra, Francisco Ferreira nas teclas e Salvador Seabra na bateria. Como já disse anteriormente, se ouvirem as músicas deles não param de dançar. Juro! A vossa sala de estar vai estar a meter água, a casa do vizinho começou a arder, vocês vão estar a ouvir Capitão Fausto e não vão conseguir parar de dançar, até vai parecer doença!
Aconselho vivamente a vê-los ao vivo, também. Já tive o privilégio de os ver por duas vezes, a primeira das quais num concerto restrito a um pequeno número de pessoas em plena loja PT Bluestore TMN da Rotunda da Boavista, no Porto. Meus meninos, aquilo é que é um concerto! O gozo que os 5 capitães têm pelo que fazem é tão óbvio que apresentam um à vontade muito interessante em palco, não só na comunicação com o público como quando a música pede um pésinho de dança. Acho, aliás, que ao vivo conseguem ser melhores que em estúdio. É como se houvesse uma troca de entusiasmo constante entre público e banda, fazendo com que os concertos deles sejam sempre em crescendo!
Por isso já sabem, se algum dia virem que eles vão tocar perto de vocês e quiserem ir, e não souberem como convencer os vossos amigos, digam-lhes que vão ver um concerto de uma banda tão fixe que consegue conjugar Arctic Monkeys, Gentle Giant, Pink Floyd, John Coltrane e Jimi Hendrix num só projecto! É motivo mais que suficiente para os vossos amigos irem.
Para terminar, o tema "Santa Ana", ao vivo no programa Planeta Música - RTP.
- Gonçalo Huet de Bacellar -
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