Cá
estamos nós outra vez. Hoje, e como já vem sendo hábito ao Domingo, é a vez da
rubrica sobre música vir alegrar o vosso dia. E a escolha de hoje recaiu sobre
o fado, mais concretamente sobre um fadista contemporâneo, que trouxe uma outra
alma ao fado português. Caetano Veloso escreveu sobre ele o seguinte: «Quero
ouvir mais, mais vezes, mais fundo (…) É de arrepiar e fazer chorar. (…) o que
se ouve de Zambujo é algo já que vai
mais fundo. É um jovem cantor de fado que, intensificando mais a tradição do
que muitos de seus contemporâneos, faz pensar em João Gilberto e em tudo que
veio à música brasileira por causa dele.»
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Em 2002 lança o seu primeiro trabalho, “O mesmo fado”, pela
editora Ocarina, sendo marcantes as influências musicais do Alentejo. Na
sequência do êxito deste primeiro trabalho é congratulado, pela Rádio Nova FM,
com o prémio de ‘Melhor Nova Voz do Fado’, que também havia distinguido
artistas como Mariza e Camané.
Em 2006 é condecorado com o “Prémio Amália Rodrigues” (atribuído pela Fundação Amália Rodrigues) na categoria de ‘Melhor Intérprete Masculino de Fado’.
A sua carreira é, aliás, marcada por condecorações! Por exemplo, em 2009 integra a lista dos ‘10 Melhores Concertos Internacionais do Ano’, seleccionada pelo “Jornal O Globo”, ao lado de músicos como Elton John. Este ano lançou “Quinto”, o seu quinto trabalho.
António Zambujo é aclamado pela crítica nacional e
internacional e com razão. O fadista alentejano trouxe uma outra alma ao Fado
português. Não são só fadistas como Amália Rodrigues, João Ferreira Rosa e Max
que influenciam a sua música, também João Gilberto, Caetano Veloso e Cesária
Évora são fortes influências, conferindo à sua música um agradável aroma
brasileiro sem nunca perder a essência portuguesa.
Gonçalo Huet de Bacellar
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