Dishonored , a era do steampunk in Rubrica do Jogo

Dishonored

Confesso que esperava muito deste jogo. Uma empresa que produz jogos como Fallout 3 ou The Elder Scrolls eleva as expectativas de qualquer um. Já estava no entanto prevenido que não iria ser um Fallout em modo steampunk no reino de Elder Scrolls, Dishonored é mais fechado nos níveis, mas ao mesmo tempo consegue ser , se o jogador quiser, o jogo mais open play possível  Podemos seguir o caminho linear, matar tudo e chegar ao fim (com montes de ratos a quererem provar o nosso bacon claro... já lá chego).







 Primeiro Contacto
Logo a abrir o jogo, vemos a cidade de Dunwall, uma espécie de Londres enfiada na água , onde edifícios antigos são ladeados por estruturas de cimento , a lembrar a II guerra mundial , com um toque dos inícios da era industrial. Sim este mundo é um mundo steampunk. Tecnologia antiga com a moderna em pleno choque. Captou-me. 


Algo que se estranha são as personagens, não são totalmente realistas, são mais do género de
 BioShock , mas rapidamente se entranha , rapidamente começamos a perceber o mundo. Mas mal damos conta, a Imperatriz que tínhamos que proteger é assassinada e nós somos culpados, enfiados numa conspiração para deitar abaixo o regime , e condenados á morte numa cidade onde uma praga propagada por ratos anda a matar toda a gente. Não é muito animador. 


O Jogo

Com a ajuda dos revolucionarios escapamos, pegamos numa espada e numa pistola e começam as decisões. O jogo permite passar todos os níveis não matando ninguém , não indo pelo caminho do "sempre em frente", e apanhando preciosos bónus escondidos por todo nível (dinheiro extra quem não curte?). Isto tem consequências no jogo, no resultado de cada nível e no final do jogo. Começamos a perceber que quanto mais matamos, mais ratos temos á nossa volta. E os ratos não são nada amigos.



O problema está mesmo ai. É um jogo que procura o nosso lado furtivo, o silêncio e as mortes não letais. É um 
 Hitman  m modo steampunk. Somos o agente 47 daquela Londres degradada e opressiva, somos a personagem do livro 1984, e temos que estar a espera do momento perfeito. Para quem perde facilmente a paciência, o jogo perde muito a piada. 

Á rambo podemos passar o nível em 5 minutos, morrendo provavelmente ou com sorte chegar ao fim com um bocadinho de vermelho a segurar-nos de cairmos ao chão. Não há magia que valha ( sim... podemos combinar poderes mágicos com as armas e fazer belos fogos de artificio ).
Mas chegamos ao fim descontentes. Matamos todos os que nos apareciam á frente, fizemos os objectivos principais, e vamos para o seguinte mas na realidade não foi nada demais. Não exploramos, não pensamos, só fugimos.

Não é um Fallout este jogo. Não temos um lança nukes para rebentar com os soldados todos. Não é um Elder Scrolls, embora possamos queima-los a todos, o melhor e po-los desmaiados.
É algo novo, e se furtividade e táctica e estratégia te puxam para o jogo, então de certeza que vais curtir isto. Quanto aos fãs de Cod4 , não uma bala não mata todos os adversários e não não ganhas estrelinhas por teres dado 2 passos no jogo, sorry, ainda não é o jogo para ti. Mas vale muito a pena jogar, porque num instante estamos no fim , gratificados, e prontos a esperar pelo próximo. Meus senhores temos aqui uma nova série para adicionarmos aos favoritos.

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