D. Pedro IV, o rei do Porto

Sim na rubrica desta semana vamos falar de alguém real. Infelizmente morto há muito tempo, mas que marcou imenso a cidade Invicta, e portanto gostaria de deixar umas palavras sobre ele.




Porquê? Para além de ter provado que a cidade invicta era mesmo invencível, ele representa e marca o espírito nortenho na sua essência, mesmo apesar de ele se ter tornado Imperador do Brasil. No final, sempre tinha o coração nesta muy nobre cidade.


História muito resumida!!!

Foi o fundador e primeiro monarca do Brasil. Este rapaz fugiu com a família real para o Brasil após as invasões napoleónicas. Pouco depois de ele declarar independência do Brasil volta para Portugal , fica rei durante um bocado e derrota todos os pseudo revolucionários da altura, pondo D.Maria II, sua filha, como rainha de Portugal , e volta para o Brasil.

Mas o seu irmão D.Miguel não curtiu muito a cena, e tentou roubar Portugal para ele, usurpando o trono á rainha. Avançou a revolução até empancar na cidade do norte, o Porto.
Então D.Pedro meteu o seu filho a imperador do Brasil e veio para Portugal com o seu exército liberal para vencer as tropas do seu irmão e acabar com o absolutismo, instaurando um governo liberal e representativo, tal como havia no Brasil.

A cidade ajudou D.Pedro IV , e bombardeando a serra do Pilar venceram as tropas miguelistas, só parando no sul onde foram vencedores. 



Poucos meses depois D.Pedro viria a morrer de tuberculose (curiosamente na altura a cidade do Porto, tal como ainda hoje, é um dos grandes centros de tuberculose da europa - calhou mal). Mas antes de morrer deixou o seu coração á cidade (sim , está num frasco na igreja da Lapa), que tanto o apoiou.

Este movimento liberalista e revolucionário marca muito da cidade do Porto. Todas as grandes revoluções tiveram um pré aqui na cidade. Tanto que todos os reis sabiam que para se manter no poder tinham de manter a rica e nobre cidade do Porto feliz. Quando tal falhava, haviam as revoluções. Podiam falhar no norte, mas pouco depois todo o país aderia. É um sinal bastante actual para a realidade dos dias de hoje.

E a alma deste grande senhor marca a grande cidade Invicta, que o tem na praça dos aliados , não virado para a câmara mas a frente dela, como que a guiar a cidade em frente. E com o espírito novo da cidade , recorremos aos elementos que nos marcam e á nossa história para saber aonde vamos.

Talvez por isso o largo a frente da igreja da Lapa vai receber um museu e uma nova imagem dedicados a este rei. Bem merece!

Daniel Ramos Pereira de Melo

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